A Agência Nacional de Energia Atômica (ANEA), representada por Dinis Cossa (Técnico afecto a Direção dos Serviços de Fiscalização), no âmbito do compromisso de Moçambique com a segurança nas aplicações médicas da radiação, participou do Curso Regional de Treinamento sobre o Fortalecimento da Cultura de Segurança Radiológica na Medicina, que decorreu de 9 a 13 de junho de 2025, em Brazzaville, República do Congo.
Organizado no âmbito do projecto RAF9070 da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o curso reuniu especialistas e representantes de diversos países africanos e parceiros internacionais, com o objetivo de promover uma cultura sólida de segurança nas práticas médicas que utilizam radiações ionizantes.
Durante os cinco dias de treinamento, os participantes aprofundaram seus conhecimentos nos padrões de segurança da AIEA e nos principais traços da cultura de segurança radiológica, como responsabilidade individual, comunicação eficaz, liderança, ambiente de trabalho respeitoso, tomada de decisão segura e aprendizado contínuo. Também foram discutidos estudos de caso reais tais como os acidentes de Nova York e Épinal, para ilustrar a importância crítica de uma cultura de segurança bem estabelecida.
As actividades incluíram apresentações, análises de eventos, exercícios práticos de avaliação de risco e análise de causa raiz, bem como trabalhos em grupo sobre os aprendizados adquiridos. Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Associação Internacional de Proteção Radiológica (IRPA) e especialistas da África do Sul, Argentina que contribuíram com diferentes perspectivas sobre a construção de ambientes mais seguros na medicina.
Ao final do curso, os grupos apresentaram os resultados das discussões e reflexões, demonstrando avanços concretos na compreensão e aplicação dos princípios de segurança em seus respectivos países.
A participação da ANEA reforça o compromisso de Moçambique com os mais altos padrões de proteção radiológica na medicina, alinhado às diretrizes internacionais da AIEA e da OMS, e fortalece a colaboração regional com os demais países africanos (Botswana, Argélia, Tanzânia, Burkina Faso, Malawi, Sudão, Ghana, Rwanda, Congo, Republica Democrática do Congo, Zimbabwe, Ethiopia, Eswatini, Tunísia, Lesotho, Uganda Nigéria e Níger) em prol de sistemas de saúde mais seguros e eficazes.
